Sempre procurei defender minhas verdades de forma verdadeira - vivendo o que eu acredito e defendo. Algumas vezes sendo muito crítica, outras nem tanto.Há pouco tempo comecei perceber que minhas verdades não são, e não precisam ser, a dos outros e que eu não preciso convencer ninguém sobre elas. Ironicamente minhas verdades sempre mudam de acordo com o que vivo e, especialmente, com o conhecimento que adquiro através de leituras de livros e do mundo. Passei pela fase de quase extremo moralismo e muita fé em um Deus defendido pelas igrejas cristãs até fases de ateísmo e defesa de um quase libertinismo - enfim cheguei ao que estou agora: defendendo que não existem verdades, nem absolutas nem verdade alguma além daquela que o indivíduo sente que precisa viver naquele momento de sua vida.
Hoje acredito que é assim que se chega próximo ao tal sentimento de felicidade constante. Só quando fazemos o que realmente queremos é que se pode ter um pouco de liberdade, só assim conheceremos quem realmente somos e teremos a chance de, talvez, fazermos feliz a quem mais importa: nós mesmos.
Foi nesse ritmo de autodescobertas que eu tive a coragem de me misturar a um grupo bacana que, até então, eu observava só de longe. Coragem não porque a atividade seja arriscada, mas porque é necessário coragem pra largar mão da minha amiga preguiça e das inúmeras desculpas que eu sempre dei para não fazer as coisas que eu tive vontade de fazer. Não que agora eu faça parte desse grupo, longe disso aliás - a maioria deles desconhece minha existência. Mas fiz parte desse pequeno grupo por um momento e me senti tão bem como se fosse isso que eu estivesse procurando por toda minha vida.
Não é nem o vento batendo no rosto, nem a paisagem, nem o medo de não conseguir, nem foi o desafio que instigou esse sentimento tão amistoso. Acredito que foi o fiapinho de liberdade que eu descobri quando coloquei meus pés no pedal e dei mais um passo nesse caminho lindo dentro de mim.
Tudo me encantava nesse dia. Talvez por isso eu tenha me empolgado tanto com a simpatia e beleza de um dos membros do grupo, dono de um sorriso contagiante, que prontamente se dispôs a sacrificar a companhia de seu grupo e acompanhar o grupo que eu participaria.
É comum que eu fique excitada quando estou feliz e mais excitada ainda em cima de uma bicicleta quando, involuntariamente, meu clitóris esbarra no banco enquanto pedalo; a força necessária para impulsionar a bicicleta ser quase um exercício de pompoarismo deve ter ajudado, mas a excitação que eu senti quando ele colocou a mão na minha cintura para auxiliar no impulso fez com que a força das minhas pernas diminuísse ainda mais.
Minha excitação aumentava em meio às conversas e risadas. Falei qualquer coisa sobre casamento e descobri que ele era casado também. Como sei que casamentos abertos não são comuns, o desânimo me abalou por alguns minutos, mas me recuperei rapidamente porque a conversa ainda estava boa, a mão gostosa e a imagem do corpo dele deliciosamente extraordinária.
Ele ficou em casa antes do pedal acabar porque morava no caminho e, como eu ainda não sabia seu nome, tive que descobrir para adicioná-lo na rede social.
No início conversamos sobre assuntos aleatórios e ele me contou sobre sua paixão pelo pedal. Me chamou atenção quando o convidei para tomar sorvete no meu aniversário e ele questionou como duas pessoas casadas poderiam sair juntas. Apesar da popularidade dessa cultura moralista e monogâmica que torna o casamento uma prisão, me senti numa mescla de decepção e entusiasmo. Decepção por descobrir que ele se submete a um pensamento popular sem reagir, e entusiasmo por imaginar que, se ele estava preocupado sobre sermos casados, ele estaria interessado em algo mais que uma amizade (?).
Numa tarde, enquanto eu trabalhava no escritório, lia um livro erótico lindo - mais lindo e inteligente que erótico, e conversava com ele pelo chat da página social, que falei, ingenuamente - ingenuamente mesmo, não que eu estivesse brincando ou com qualquer outra intenção naquele momento, nem que eu não tivesse vontade de ter outras intenções com ele, mas naquele momento falei sem querer que parecesse outra coisa...enfim, falei que estava com “fome de coisa doce”. Ele me respondeu com um emotion de diabinho. Fiquei molhada. Nossa, que intensa foi minha excitação! Pensei na porra dele em minha boca...doce, doce! Mas não falei. Não falei porque pensei que eu estivesse surtando por causa do livro e interpretando mal.
Mas, depois disso, ele falou que acordou com a mente poluída. Mente poluída! Mente gostosa, isso sim! Mente criativa. Mente saudável. Não há nada de mau em pensar em sexo. Má é essa moralidade hipócrita que a gente segue de olhos fechados, como se ainda fôssemos crianças acreditando em bicho-papão. Bicho-papão foi desmitificado aos nossos 6 anos, mas aí veio um Deus que castiga e manda pro inferno. E vieram os casamentos e a crença de que só se pode amar uma pessoa. Pior ainda: que tesão por outra pessoa além do cônjuge é errado; sexo é sujo; relacionamentos extra-conjugais são imorais. Imorais são os que inventaram essa regra. Mais imoral ainda é quem acredita e segue cegamente.
Finalmente, depois que falei que esperava que a porra dele fosse doce, a conversa rolou como se sempre soubéssemos das intenções um do outro, como se os olhares já fossem quentes durante todas as conversas anteriores, que pareciam tão assexuadas.
Eu fiquei excitada. Não, excitada eu já estava desde que ele falou que ele é doce. Doce mesmo. Em todos os sentidos, agora eu sei. Meu coração estava aceleradíssimo. Eu estava trabalhando, precisava pensar nas ocorrências que eu recebia por telefone. Incrível como estar excitada me deixa mais ligada muitas vezes; junto com o coração, muitos sentidos aceleram. E a sensação de estar excitada em frente aos meus colegas, precisar conversar sobre o trabalho sem ser percebida nesse estado...tudo se tornando mais incrível e mais excitante ainda. É nessa hora que eu mais agradeço por ser mulher - posso disfarçar a excitação sem muita dificuldade.
Fui ao banheiro ansiosa para solucionar parte do problema. Entrei no banheiro - um banheiro de uso coletivo, conferi se realmente estava sozinha antes de entrar em um dos dois compartimentos de uso privado e trancar a porta. Me masturbei de pé, tocando meu clitóris com o dedo médio após molhá-lo em minha própria secreção causada pela conversa. Não foi necessário muito tempo me tocando até chegar ao orgasmo. Aliás, como gozar é libertador e estimulante! A vida passa a ter muito mais sentido quando gozamos. Mesmo assim não resolveu completamente, pois continuei excitada. Suando um pouco menos, mas eu precisava dele, precisava ser tocada por ele, sentir o cheiro e o gosto dele.
Voltei ao trabalho tentando fazer parecer que nada de extraordinário tinha acontecido, esperando que meus colegas ao lado não percebessem nada. Continuamos no bate-papo e a excitação aumentou. Nada me saciaria, eu sabia desde o início, antes que eu o visse e ele me tocasse.
Voltei ao banheiro, meu clitóris estava latejando de desejo, meu corpo quente. Apesar de não ter passado mais de 10 minutos antes da última masturbação, dessa vez foi muito mais intenso. Gozei duas vezes. Gozei deliciosamente duas vezes imaginando como seria ser tocada por ele, qual seria seu cheiro, como ele gostaria de ser tocado, qual a posição que ele iria gostar mais, qual seria a intensidade de seu tesão. Voltei para minha mesa novamente, e também para o bate-papo. Ver o nome dele na barra de tarefas quando me chamava no bate-papo bastava para que minha vulva voltasse a pulsar, uma mescla de dor e prazer que me fazia ficar cada vez mais desesperada pelo toque dele, não aguentaria esperar mais alguns dias até que a mulher dele viajasse. Pra falar a verdade, foi difícil suportar as poucas horas que precisei esperar para encontrá-lo mais tarde.
Finalmente o convidei para ir ao meu outro ambiente de trabalho. Combinamos que ele passaria em casa e trocaria a moto pelo carro para facilitar o encontro. Infelizmente as coisas não foram tão fáceis quanto eu esperava, pois ao chegar na base operacional descobri que eu estaria sozinha para trabalhar, ou seja, eu não teria tempo para tomar água, muito menos, é claro, para um encontro. Cheguei às 18h30 e não conseguia pensar em outra coisa senão chupar o pau dele. Mas precisava trabalhar; e estava em atendimento quando ele mandou sms dizendo que já estava lá, o que me fez ficar ansiosa e com medo de não conseguir vê-lo. Não poderia deixar que isso acontecesse - ou deixasse de acontecer.
Expliquei para meu colega que eu precisaria parar um pouco e conversar com uma pessoa para resolver um problema. Não sei se ele acreditou, se desconfiou de algo, mas aceitou esperar 15 minutos. E foi um tempo muito bem aproveitado!
Muito além das expectativas, o corpo dele era ainda mais atraente do que eu lembrava, ele mais cheiroso do que eu imaginava, a pele mais sedosa, o pau mais saboroso, o toque mais gostoso...tudo muito além do que eu esperava. Certamente foi a rapidinha mais foda e mais espetacular que eu já vivi.
Nos beijamos logo após eu entrar no carro e sentar no banco de caroneiro, enquanto ele continuava no do motorista. Foi um beijo tão intenso que eu não conseguia - e não queria resistir. Fechei os olhos e mergulhei em meu pequeno paraíso de desejos e fantasias. Estava prestes a gozar, por isso me aproximei, fiquei de frente para ele e demonstrei minha sede por chupá-lo. Enquanto ele tocava meu corpo passando a mão pelos seios e abdômen, segurei seu mastro por fora do calção jeans que ele vestia, sentindo sua excitação e pedi ajuda para desabotoá-lo.
Passei a língua na região da glande e senti seu sabor, o que tornou meu tesão ainda mais intenso. Peguei o pau dele com uma das mãos e perguntei se ele gostava de ser chupado. Gosto de ouvir qual é a sensação que estou provocando, mesmo que eu consiga visualizar através das expressões não há nada que substitua a voz da outra pessoa me dizendo que está ótimo, que está com tesão ou ordenando os movimentos que devo seguir. Ele respondeu que estava ótimo e eu fiquei mais motivada a chupar. Coloquei toda a ponta na boca e suguei; passei a língua pelo comprimento para depois colocar boa parte novamente na boca e lambuzar com saliva. Intercalei entre colocar inteiro até o fundo da garganta, sugar e chupar suavemente e fiquei cheia de tesão.
Em movimentos quase frenéticos impulsionados pela nossa ansiedade, mas tão cheios de ternura que fez com que eu desejasse ser tocada assim muitas outras vezes, ouvi a voz dele falar baixinho no meu ouvido, cheio de desejo, que minha buceta é gostosa e que estava ensopada de tesão. Ouvir isso enquanto ele tocava meu clitóris tão maestralmente como se estivéssemos combinado cada movimento de seus dedos e eu sentia seu cheiro e o gosto daquele pau saboroso fez com que eu gozasse de forma esplêndida.
Como era de se esperar, gozar só renovou minhas energias e aumentou meu apetite sexual - especialmente meu anseio por sentir o gosto da secreção dele em minha boca. E foi isso que eu quase implorei para que ele fizesse. Eu precisava sentir o gosto dele em mim. Pedi que ele gozasse na minha boca enquanto eu o chupava e ele aceitou a proposta prontamente. A secreção dele deixou em mim um gostinho de quero mais que há muito eu não sentia.