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domingo, 14 de maio de 2017

O prazer da tua presença

Hoje acordei com você.
Acordei dentro do mais aconchegante e acolhedor abraço de conchinha da minha vida.
Senti teu cheiro, tua respiração na minha nuca amolecendo meu corpo, teus braços me segurando contra ti de uma forma tão segura que eu me entreguei sem medo.
Lentamente você foi tocando cada parte do meu corpo como quem descobre um tesouro e quer apreciar os detalhes. Tua mão acariciando a parte externa da minha coxa, subindo do joelho ao quadril enquanto cheirava meu cabelo, me fez querer me aconchegar ainda mais perto do teu corpo. Empurrei-me para trás, desafiando a física ao tentar fazer com que ocupássemos o mesmo espaço.
Sem pressa, tua mão subiu pela minha barriga, pelos meus seios, pelo pescoço, rosto e orelhas, informando que nenhuma das regiões era mais importante que a outra, expondo o prazer com a maior sutileza. Nossos pés, numa carícia simultânea, faziam-me desmanchar progressivamente.
Tuas mãos sempre provocam em mim esse anseio por parar o tempo, tua presença ocupa os meus pensamentos, fazendo todo o resto parecer insignificante, fazendo-me perceber que o simples é suficiente.
Com a firmeza de quem sabe o que está fazendo, você acariciou minha cintura por alguns instantes e, em seguida, escorregou a mão para frente, como quem não quisesse nada. Com o braço estendido pela frente do meu corpo, me envolvendo por completo, tocou a parte interna da minha coxa direita e deslizou a mão por cima dela, fazendo todo o contorno vagarosamente e retornando ao interior da coxa da outra perna, que estava por baixo. Teu antebraço, agora atrás do meu corpo, provocou em mim uma sensação desconhecida quando encostou em minhas nádegas.
Enquanto eu estava em silêncio absoluto, paralisada pela excitação de ter você, você deslocou novamente tua mão para a frente do meu corpo e o pressionou contra o teu, fazendo com que eu sentisse teu órgão genital na minha bunda, agora mais quente e ainda mais provocante do que antes.
Meu corpo estremeceu.
Com a mesma solidez, envolveu minha vulva com a mão toda e a massageou inteiramente. Em seguida, tocou delicada e separadamente cada um dos grandes lábios com dois dedos, em movimentos de frente para trás e de trás para frente dos dois lados, como se quisesse mostrar que eu estava segura. Em ato contínuo, fez o mesmo movimento nos lábios menores, colocando os dedos até a entrada da vagina e trazendo os líquidos que estavam saindo dali, molhando toda a vulva quando retornava. Numa jogada de mestre, fez movimentos de zigue-zague no monte de Vênus, estimulando o clitóris desde seu início. Como se ele estivesse acordando, senti imediatamente um desejo imenso que teu pênis entrasse em mim. Mas você foi esperto, quando eu me empurrei contra teu corpo novamente, indicando o que eu queria, você não fez nem menção de envolver penetração naquele momento. Continuou incentivando meu clitóris, dessa vez puxando cuidadosamente a glande e expondo ele com um carinho irresistível e enlouquecedor.
Quase sem conseguir me conter, sentindo minha vulva molhada e edemaciada, eu me espremi em mim mesma, deslizando meu corpo, serpenteando, sem tirá-lo do lugar, numa tentativa doentia por aproveitar todos os detalhes possíveis.
Continuei em silêncio, como se qualquer som cometesse o crime de encerrar a cena.
Você, incansavelmente, continuou a massagem, colocando os dedos molhados de mim em minha boca. O cheiro, o sabor e o gesto me embriagavam cada vez mais.
Gradativamente, repetiu o ciclo diversas vezes aumentando a intensidade.
Eu poderia jurar que não conseguiria resistir, que estava tão leve que seria capaz de evaporar e desaparecer no espaço.
Como se não bastasse, você me colocou de barriga para cima e ficou na minha frente. Semelhante a veludo, ou qualquer coisa que possa ser ainda mais sensível, tua língua passou na região exposta do clitóris suavemente e deslizou até a região anal, vasculhando cada parte à procura dos aromas e sabores que somente um degustador é capaz de perceber.
Olhando nos meus olhos, levantou-se e, como se pedisse permissão, foi introduzindo devagar a cabeça do pênis enquanto segurava e massageava minhas pernas. Eu segurei tuas mãos. Senti novamente o incomparável prazer de tocá-las, a garantia de estarmos juntos, da cumplicidade daquele momento. Você colocou uma das minhas mãos na minha vagina, indicando que queria que eu continuasse com a massagem enquanto você sentia o calor interno dela.
Eu continuei. Sentindo ondas de energia atravessando meu corpo, massageei com muito prazer meu próprio clitóris, enquanto teu pênis me penetrava com mais velocidade.
De repente, você parou. Eu pensei que algo poderia não estar bem, que você quisesse parar com tudo, por isso, parei com a massagem também. Mas você colocou novamente minha mão na minha vagina e mexeu o pênis bem devagar dentro de mim. Eu quase podia distinguir cada detalhe do teu pênis tanto quanto os da minha vagina.
Na tentativa de aproveitar tudo, tirei a outra mão, que ainda estava segurando a tua, e passei vagarosamente desde teu joelho até teu peito.
Há sempre algo de extraordinário em te tocar, e te tocar enquanto você está me penetrando, eu estou me masturbando e estamos nos conectando através do olhar, torna o toque algo além de extraordinário, algo que eu ainda não sei nomear.
Seguidamente você me provocava aumentando a velocidade ou parando os movimentos dentro de mim para observar e tocar outras partes do meu corpo com tuas mãos, como se tuas digitais pudessem me degustar.
Fascinada com tudo isso, especialmente com tua presença, fui me desmontando aos poucos, morrendo aos poucos, esvaziando-me de toda a complicação que eu pudesse ter inventado até ali, despejando todo o prazer contido dentro de mim através dos líquidos que saíam pela minha vagina.
Eu jamais iria querer parar com aquilo. Jamais. Isso deveria durar a vida toda de forma ininterrupta. Mas você se deitou ao meu lado e focou teu olhar no meu enquanto eu continuei acariciando minha vagina, sentindo a umidade estonteante que insistia em continuar.
Pela mágica do momento, isso nunca acabará. Será um processo contínuo de prazer eterno.

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