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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eu morro de inveja de quem te escuta todos os dias
De quem acorda com você todas as manhãs
As noites, as tardes...

Tenho ciúmes de quem foi pedida em casamento por você
E agora consegue ver todas as tuas faces
Ouve todas as tuas músicas
As das coleções de bom gosto
E as dos sons que você emite

Ah! Como eu invejo...
O poder que ela tem em te irritar
Em brigar contigo
E depois fazer as pazes

Como eu tenho ciúmes
Do amor que você sente por ela

Eu queria não ser a outra
Queria sentir você chegar frio da rua
Te esquentar com meu amor
Te fazer sentir que eu posso ser um abrigo seguro

domingo, 31 de outubro de 2010

Eu sou...?

Eu sou a realidade e a fantasia
A verdade e a mentira
O homem e o lobisomen
A mulher e a menina

Se há alguém para ser
Serei eu
Somente um ser

Se há algo para dizer
Deixarei o silêncio falar por mim
Porque se há vida
É para ser vista por todos os olhos
De todos os ângulos

Eu sou aquela que odeia e ama
A que fala e fica muda
A que tem conhecimento
Mas nao deixa a ignorância

Alguém que descobriu
Que estamos todos nos prostituindo
Vendendo o que devia nos dar prazer
E a uma pechincha

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Segredos

Pernas entrelaçadas. Bocas sedentas. Olhos curiosos. Mãos perdidas em caminhos desconhecidos...
Ela não quer nada além de aproveitar cada cheiro, gosto, toque quando está com ele. É dele o tempo todo, todo tempo. Ele é muito além do prazer, apesar de ser tanto em tão pouco tempo. Há nele um encanto admirável, muito além do que se pode ver ou sentir. O êxtase de estar com ele é inexplicável...talvez por ser diferente, ou por ser raro....ou proibido. O certo é que ela talvez nunca encontre alguém comparável.
Medo. Fascínio. Desejo. Ciúme. Vontade. Saudade. Raiva. Paixão...ela jamais poderá explicar como é capaz de suportar sentimentos tão distintos simultaneamente quando está com ele.
Depois, quando tudo passa e ele vai embora, ela sente ódio ele, dela, da situação. Olha para os lados e se questiona por que é tão difícil ser normal, por que sente essa necessidade em ter mais alguém, por que não se dedica exclusivamente à pessoa que está ao seu lado todos os dias, que leva café da manhã na cama, conta histórias, presenteia, faz massagens, conversa, ouve, entende?
Ele não liga, não manda notícias, não responde, não manda flores! E ela recomeça com seus muitos porquês.
Às vezes percebe que só uma pessoa no mundo é capaz de entendê-la e é justamente que ele permanece ao seu lado depois de tudo. Talvez seja justamente por compreendê-la que ele a cuida tao bem. Ele percebe a fragilidade que há em sua força, talvez mais do que ela mesma consiga perceber.
O certo é que seria difícil sem os risos, as palavras e o toque de ambos. Sem eles ela não seria tao feliz diariamente.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Visitinha

Ele me chamou pra ir ao seu apartamento depois do jogo. Disse que tinha algo para me mostrar. Já nos conhecíamos há um bom tempo, ele e meu namorado sempre jogam futebol juntos. Quando alguém do grupo de amigos se ofereceu pra ir junto, ele inventou uma desculpa qualquer e não permitiu.
Extremamente charmoso e discreto, com um olhar irresistivelmente sedutor, conversa sobre todos os assuntos, demonstrando interesse pela pessoa que fala, argumentando. Faz piadas de coisas simples, ri de si mesmo. Alegre e extrovertido ou sério e calado, sabe dosar o comportamento tal como deveria.
Entramos, ele foi para o banho, pois estava cheio de areia. Fiquei esperando na sala, vendo seus livros. Poucos, mas bons livros. Muitos sobre avioes, parece que além de profissao era também hobby dele. Pouco tempo depois me pediu que alcançasse a toalha, havia esquecido de levá-la ao banheiro. (“Homens, só mudam de endereço!”). Bati na porta com a toalha na mao, ele pediu que abrisse e a deixasse por perto.
Fui surpreendida com a porta do box aberta quando abri a do banheiro.
- Não quer aproveitar e tomar banho comigo?
- Era isso que você tinha pra me mostrar, é?!
- Não, é muito mais que isso. Vem aqui que eu mostro.
- Já tive uma amostra grátis....
- É, mas a tendência é sempre melhorar.
Falava isso enquanto tocava na propria mangueira ereta.
Eu sabia que ele era bom, sentia e já tinha provado também, mas sabia que não podíamos demorar também. Em poucos segundos me preocupei em como sair dali depois com os cabelos molhados, que desculpa teria que inventar? O que os vizinhos pensariam e falariam? Minha reputação ainda é boa em minha vidinha social, por isso ainda sobrevivo... sabia que a qualquer hora alguém poderia chegar, até mesmo meu namorado. Estava com vontade dele há tempos. Não achei motivos suficientes que me fizessem rejeitar a proposta, concluí que o prazer compensaria os riscos e depois daríamos um jeito.
- Tem camisinha?
- Sim. Pega na gaveta.
Eu mal abri a gaveta e ele me puxou com roupa e tudo.
- Espera! Não vou fugir!
- Não sei, tenho que garantir hoje, não é?!
Me ajudou a tirar lenta e delicadamente as primeiras peças de roupa enquanto me tocava, me beijava, olhava em meus olhos, esfregava e exibia a ereção, o que me deixava excitada.
Me colocou embaixo do chuveiro. A água estava fria fazendo um grande contraste com suas maos em mim.
- Te mostro como sei dar banho em pessoas também.
(Falava isso me fazendo lembrar nossa conversa sobre meu trabalho no hospital.)
A pele morena dele em contraste com a minha, o cabelo comprido, o olhar, as maos em mim, o pênis rossando em minha perna como um descuido...tudo me deixava mais molhada do que poderia estar somente com a água da ducha.
Ele tocava com a mao e o sabonete meus braços, subindo e descendo até os ombros de forma provocativa até tocar os seios, pegando-os um em cada mao e encostando o corpo dele no meu simultâneamente. A água aquecia ao tocar nossos corpos.
- “Sempre sonhei com isso.” Disse, fazendo parecer verdade.
- É? E o que mais você imaginava?
- Você entrando no meu quarto a noite inesperadamente.
- Bem esperado, você quer dizer?
Os dois riram. Tínhamos essa sintonia. Uma mania de rir de tudo. Nos divertíamos muito juntos, sempre. E agora estávamos descobrindo como poderíamos nos divertir mais dando prazer um ao outro.
- Vamos chamar ele?
Me referia ao meu namorado, tínhamos comentado sobre menage dias atrás.
- Não, hoje não.
Fui demoradamente ficando de joelhos enquanto tocava e beijava o corpo dele. Ele colocou as maos sobre meus cabelos. A água caindo sobre meu rosto enquanto eu tocava os lábios na pele dele. Comecei com movimentos lentos, beijando a glande e passando a mao delicadamente nos sacos excrotais. Ele começou a direcionar minha cabeça num vai-e-vem fazendo com que eu me sentisse confortavelmente dominada por ele. Ainda havia vestígios de areia e sabonete em sua pele. Meu corpo aquecia-se lenta e entusiasticamente na mesma proporção da velocidade do vai-e-vem que aumentava.
Ele alcançou a camisinha e eu a coloquei com a boca. Puxou meu corpo próximo ao dele, agarrou minhas pernas e me colocou contra a parede. Eu não conseguia me mexer nem mesmo se eu quisesse colocar o órgao dele dentro de mim.
Ele colocou. Senti entrando quente e lentamente. Me senti tonta. Ele fazia entrar e sair com movimentos rápidos. Beijava minha boca e segurava forte minhas pernas, suspensas no ar, às vezes colocando a mao muito próxima de nossos órgãos genitais, que estavam colados. Me pedia se estava gostando e eu mal conseguia responder. Tínhamos que fazer silêncio. Ninguém poderia sequer desconfiar do que estávamos fazendo.
Continuou naqueles movimentos, fazendo a tontura aumentar, beijava minha boca, descia até os seios, falava coisas no meu ouvido, mordia-os....a sensação de medo de ser vista era misturada com a delícia de ser tocada por ele. A adrenalina aumentava em função disso. Ficamos assim até eu gozar, o que nao demorou muito. Depois me colocou de joelhos novamente.
Eu o chupei mais veloz e forte que antes, estávamos muito excitados. Intercalava os movimentos rápidos, lentos, fortes e leves, masturbava, dava pequenas mordidas, beijava o pênis e o saco até que senti escorrer entre meus lábios um líquido agridoce junto com a água do chuveiro.
Ficamos abraçados por um curto espaço de tempo. Eu pensando em como sair dali agora com o cabelo molhado, ele pedindo que eu voltasse a visitá-lo.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Abastecendo

O fim de tarde com os amigos no barzinho do posto de combustível sempre foi muito divertida. Víamos as meninas passar, apostávamos quem teria coragem de falar com elas, ríamos uns dos outros, contávamos histórias eróticas, verdadeiras ou não. Uma prática nada saudável pra quem estava solteiro como eu, pois nunca se tinha certeza como acabaria a noite, se sozinho ou acompanhado.
Naquela noite em especial, fui abastecer umas três horas antes do meu horário de trabalho, sem esperar nada de extraordinário. Um conhecido me ofereceu cerveja e eu aceitei tomar uma com ele enquanto ele me contava uma história maluca de como tinha conseguido sair com uma menina que todos queriam. Eu ouvia sem muita atenção, sem acreditar que fosse verdade, quando vi minha vizinha entrar sozinha na loja de conveniência do posto. Ela estava maravilhosamente linda, com uma jaqueta de couro e de salto alto. Extremamente sexy, desceu da moto e entrou na loja. Lembrei que ela tinha deixado recado pra mim na portaria e fui ver o que queria.
Ao me aproximar não resisti ao perfume que ela usava e fui um pouco além do abraço. Ela brincou que beijo muito próximo à orelha indicava mais que amizade. Ela percebeu que enquanto combinávamos quem participaria e que horas seriam o estudo em grupo eu observava seu corpo. Fez outra piada qualquer relacionada a isso e eu pedi onde estava o marido dela. Ela deu informações suficientes pra que eu pensasse que ela não estava muito interessada nele naquele momento.
Convidei-a pra sair do barulho e ir pra um lugar mais calmo, longe da confusao de vozes e sons daquela sexta a noite. Eu queria mesmo levar ela pra casa, mas ela disse ter outros compromissos naquela noite ainda.
Fomos para um estacionamento próximo de onde estávamos e ficamos conversando no carro. Fazendo parecer sem querer passei a mao em uma das pernas dela e ela não a retirou. Contei uma ou duas piadas sujas e ela encremetou a história, fazia observações picantes. Eu estava ficando cada vez mais excitado e ela percebeu. Tirou a jaqueta, dizendo que no carro estava quente, mostrando a blusa sexy que usava.
Eu a elogiei pela beleza e ela retribuiu com um sorriso me elogiando também. Quando eu brinquei que faríamos um lindo casal ela me olhou maliciosamente e disse que deveríamos testar antes.
Senti como se ela estivesse fazendo um strip pra mim! Minha mao subiu na perna dela e ela me tocou também. Nos beijamos calorosamente enquando ela desabotoava minha calça expondo meu órgão ereto. Pedi que ela o chupasse e ela o fez imediatamente. Ajudei-a a tirar a calça dela até os joelhos e meus dedos esperimentavam a sensação molhada da vagina dela, enquanto ela estava sentada ainda no banco do caroneiro. Ela me chupava e gemia de prazer enquanto eu a tocava. Ela pedia mais, mas não aceitou penetração sem camisinha, o que me excitou ainda mais.
Me falou das fantasias que tem enquanto transa com o namorado imaginando se seríamos entrosados fazendo sexo com ela tanto quanto no futebol. Me contou detalhes de como queria eu por trás enquanto ele a pegava pela frente, do quanto gosta de fazer e receber sexo oral. Me falava do quanto estava gostoso a minha mao nela enquanto me masturbava e voltava a fazer oral. Isso me deixava louco pra penetrar nela, pra pôr meu pênis naquele calor que minha mao estava sentindo, mas ela não cedia.
Tirou toda a parte de cima da roupa e disse que naquele dia eu poderia ejacular somente nos peitos dela. E que peitos! Pequenos, branquinhos, perfeitos! Beijei-os, acariciei-os, esfreguei meu pênis neles e o coloquei na boca dela novamente. Ela chupou com mais verocidade que antes enquanto estava tendo um orgasmo. Ela gozar me deu mais prazer. Deitei e deixei que ela me chupasse até o fim. Vi meu líquido molhar os peitos dela. Voltei a beijá-la. Ela se levantou e agiu como se nada tivesse acontecido, apenas pediu sigilo e não tocamos mais no assunto. Voltamos a falar nos estudos e concordamos que ambos estavam atrados para nossos compromissos.
Ela se foi e eu fiquei pensando em como seria bom visitá-la de vez em quando.

terça-feira, 2 de março de 2010

É isso por hoje...só isso!

Nao sejamos apressados. Vejamos uma coisa de cada vez, sintamos uma coisa de cada vez. Demos valor ao percurso tanto, ou ainda mais, que o objetivo final.

Porque a vida é agora. É agora que eu falo, escrevo, converso, faço ou desfaço...é agora e por estas coisas que estou aqui, nao pelo que virá ou por quem virá.

Uma eterna retrospectiva

Nesse ano fui boa o suficiente?

O que eu fui esse ano?

QUEM eu fui esse ano?


É...o ano está acabando, mas nao é só isso, está acabando tudo...e começando tudo de novo!


É isso o tempo todo: tudo acaba pra tudo começar novamente. Diferente. Inesperado. Inusitado. Ainda que pareça ser do mesmo jeito.

Meus amores nao serao mais os mesmos. Os pensamentos serao outros. Serão outros conceitos.

Terei que me apaixonar de novo e mais intensamente.

Terei que aprender de novo e com mais dedicação.

Serei obrigada a ser outra pessoa.

Vou ser o negro. O homessexual. A artista. A escritora. O pobre. O rico. O vegetariano. O carnívoro. O cartunista. O velho. O moço.

Só nao quero ser eu mesma.

Nao quero ter minha voz dublada pela mesma voz de sempre.

Quero gritar!!!

Quero me apaixonar!

Quero ser original.

Quero ser independente.

Ser eu ao ser o outro.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Aguardando um fim

A água da banheira de hidromassagem estava quente, mas não o bastante para deixar de agradar sua pele. Ela olhava para ele como quem olhasse para um deus, agradecida pelas bênçãos concedidas e imaginando quantas mais teria ainda naquela noite. Porque já devia ser noite, não conseguia lembrar que horas entraram naquele quarto de motel e muito menos tinha noção de quanto tempo estavam ali, tanto era o que ela já tinha vivido.
Vivia uma vida solitária apesar das muitas pessoas que a consideravam amiga. Gostava da solidão, talvez mais que tudo, mas apreciava também uma boa companhia, como a daquele homem. Casada, sem filhos. Poucos amigos. Alto libido.
Ele era lindo, com todas as boas características que um homem pode ter na opinião dela. Pele morena, olhos numa cor que lembrava jabuticabas amadurecendo. Mãos grandes e sensuais. Mas ela gostava de muitas outras coisas além disso.
Amava as artes em todas as suas formas, cores e sons. Inclusive nos sons que o homem alto à sua frente emitia. Gostava de dançar, mas não o bastante para faze-lo em público. Gostava de patinar, mas abandonara esse gosto após seus patins pedirem férias permanentes há 6 anos. Agora preferia somente ver.
Estava vendo aquele homem viril sair da banheira agora. Uma pena, porque a água estava ótima. Mas sabia, não tinham todo tempo do mundo, ele tinha que voltar para casa, e ela também.
Gostava da vida que tinha em casa. Seus melhores momentos foram os que vivera com o namorado que, pela situação, devia ser chamado de esposo. Mas ela não gostava dessa palavra, achava-a muito formal, muito prisioneira. Ela gostava de liberdade. Eram muito amigos, ela e o namorado, tanto que às vezes se perguntava se eram mais amigos ou mais namorados. Ele era muito carinhoso sempre, continuamente a tocava, mas raramente lhe fazia amor. Ela sentia falta de se sentir mais desejada, tal como estava se sentindo agora. Não era feia, tinha o corpo muito próximo ao que chamavam de ampulheta, bastante curvilíneo, loira, estava usando cabelos até os ombros, olhos azuis. Os homens mexiam com ela na rua, mas o namorado demonstrava pouco apetite sexual por ela, mesmo que constantemente a elogiava.
O moreno de cabelos levemente crescidos e pele suave estava falando algo que ela demorou um pouco para entender. Era difícil pensar sentindo aquele prazer todo pelo seu corpo, e esses pensamentos todos a confundiam. Estava saindo com um homem casado e isso sempre fizera parte das atitudes que ela criticava nas outras meninas. Jurara para ela mesma há pouco tempo atrás que nunca admitira homens casados em sua vida sexual, porque com o namorado ela se entendia, eram diferentes, mas não podia sentir responsabilidade pelo desaparecimento temporário de um homem de seu lar.
Mas ela também mudara muito em pouco tempo. O que antes era ouro agora virara algo de pouco valor em sua vida. Pelo menos naquele momento se importava mais com seu próprio prazer que com a felicidade alheia.
E seu prazer foi grande naquela noite. O homem pouco conhecido que trouxera ela ali sabia bem como agrada-la. Sabia que era uma menina-mulher exigente e percorreu todo caminho necessário para conquista-la. Muitas conversas de mensagens instantâneas dera a ele o conhecimento necessário do que ela gostava. E ele sabia que não era puro sexo que ela procurava. Uma conversa específica há menos de um mês aguçou nela a vontade de conhece-lo. Discutiram idéias, conceitos para uma sociedade melhor. Seus pontos de vista eram diferentes, mas ela gostava de desafios. Ele já lhe proporcionara pelo menos dois orgasmos naquela noite e, ela sabia, ainda estavam no meio do caminho.
Ele lhe alcançou uma toalha e uma garrafa de água. O nome dele ela desconhecia, mas estava pouco interessada nisso agora. Estavam se encaminhando para a cama novamente e as lembranças dos lábios macios dele na vulva dela bastavam para que ela voltasse a sentir-se molhada com o próprio muco.
Demorou 24 anos para ela descobrir o que era amor próprio e isso talvez tivesse acontecido naquela noite. Sempre acreditara num amor diferente daquilo que via, ouvia ou do que as amigas sonhavam. Acreditava, desde pequena, em companheirismo, cumplicidade e, agora, também em prazer mútuo. Nada de contos de fadas.
A sensação que tivera momentos antes a faziam pensar em um paraíso que jamais sonhara. Não lembrava de quanto tempo fazia desde a última vez que sentiu aquilo, se é que já sentiu algum dia. A saliva dele estivera umedecendo o interior de suas coxas e subindo pelo seu corpo na mesma proporção que o calor dentro dela. Os lábios dele eram macios como ela nunca tinha sentido antes. O toque suave de sua boca e dedos a fazia ter vontade de congelar o tempo. Conforme ele movimentava sua vulva a vontade de sentir o quadril dele junto do dela aumentava. Sua pouca experiência era compensada pela dele e pela própria vontade de ter e dar prazer naquele momento.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Surpresa!

Passei a chave na porta para abri-la e minha primeira visao foi você sentado me olhando. Nao falamos nada. Você estar ali fora algo totalmente inesperado para mim porque havia me dito que nao viria tao cedo.
Eu estivera pensando em você o tempo todo. Nao esquecera suas carícias e isso me deixara excitada durante todo o trajeto para casa. E encontrar você ali só alimentou mais ainda meu desejo.
Você, ainda olhando para mim, começou a tirar a calça para exibir seu órgao ereto. Nao podia ter me deixado mais estimulada. Fiquei louca para te tocar, mas você fez sinal para que eu nao me aproximasse.
Tranquei a porta novamente atrás de mim e observei seus movimentos. Você tirou a calça até metade das coxas e começou a massagear o pênis com uma das maos. Olhava para mim indicando que era por mim que fazia aquilo. Teu mastro pedia por mais enquanto você o esfregava, cada vez mais duro, cada vez maior. E eu querendo muito estar mais perto.
Tirei minha calça e sentei numa cadeira. Pensei em como seria bom você sentir o quanto estava molhada. Coloquei minha mao entre as pernas e fiz leves movimentos para que eu mesma pudesse me sentir. Como era bom me sentir assim! Eu nao só estava molhada como super sensível a cada toque, minha sensibilidade devia estar aumentada umas 20 vezes e tudo porque eu podia te ver ali, ter a possibilidade de te sentir.
Minha vontade de ter você crescia na mesma proporção em que os movimentos da minha mao aumentavam em velocidade e intensidade...e a sensação de orgasmo espalhou-se rapidamente pelo meu corpo... Ficamos nos observando por um tempo que, para mim, pareceu uma eternidade, mas no relógio nao deve ter passado muitos minutos. Você estava maravilhosamente delicioso e eu nao pude mais respeitar tua ordem para nao me aproximar.
Caminhei até você e sentei em teu colo. Você abriu alguns botoes da minha blusa para que conseguisse beijar meus seios. Eu toquei em teus cabelos, senti teu cheiro, beijei teu pescoço e minha boca fez vagarosamente o caminho até tua orelha. Você agarrou minhas pernas e fez com que teu pênis entrasse em mim.
Como estava quente, maravilhoso! Seus movimentos estavam estonteantes. Meus seios semi desnudos raspavam em teu peito com o movimento dos nossos corpos. Eu te falava bem baixinho, encostando a boca levemente em tua orelha, o quanto você é bom. Cada detalhe era um universo. Um misto da sensação de nao conhecer os motivos pelos quais eu te atraio, de nao merecer você, com felicidade, aquela sensação do orgasmo...de estar sentindo teu calor...de êxtase com culpa por estar transando com um homem casado e com filhos, que tinha que inventar desculpas para poder me encontrar...a dor do teu membro grande raspando no colo do meu útero...minha vulva edemaciada pelo atrito...
Mas eu nao conseguia raciocinar muito bem, estava confusa, queria pensar e nao podia, teus movimentos eram intensos, você puxava meu corpo mais perto do teu...
Me tirou de cima de ti e me deitou de costas no chao enfiando com força teu pênis em minha vagina, fazendo com que eu sentisse dor, mas em seguida se deitou por cima de mim e me abraçou como se aquilo fosse um pedido de desculpas e continuou em um movimento leve, devagar, anestesiando todo meu períneo.
Tirou o pênis de onde estava e o colocou na minha boca. Me sufocava as vezes quando enfiava mais do que o espaço permitia, mas minha posição nao era muito favorável a qualquer reação à isso. Teu olhar quase ameaçador me fazia chupar com mais verocidade a cada momento. Você o tirava de vez em quando e eu, querendo trazê-lo de volta a minha boca erguia a cabeça, mas nao mais que isso, pois você me pressionava contra o chao com suas maos e quadril. Você exibindo aquele pênis terrivelmente grande e ereto me fazia sentir medo de dor, mas muita vontade de tê-lo em mim...na boca, na vagina, no anus...onde você quisesse colocá-lo.
Você era provocante e sabia como usar isso. Me fez virar de costas, pegou minhas nádegas com as duas maos e esfregou de leve teu penis nelas, como se estivesse apresentando um ao outro. Minhas nádegas frias por causa do piso gelado sendo tocadas pelo teu membro quente fazia aumentar minha vontade que você enfiasse tudo de uma vez! Você nao realizou meu desejo, mas colocou a mao pela minha frente me fazendo sentir como minha vulva estava dolorida. Me manipulou segurando-me por trás e, entao, com a mao começou a colocar um dedo no meu traseiro...até que o trocou pela glande continuando a me masturbar.
Minhas pernas perderam a força, e você foi colocando sempre um pouco mais. Me provocava colocando e tirando...continuava movimentando a mao em minha vulva que agora estava inacreditavelmente mais quente e molhada.
Depois que eu estava acostumada com teus movimentos atrás de mim, você segurou meus quadris com as duas maos e fez movimentos mais rápidos e contínuos, com uma penetração mais profunda que a anterior. Eu sentia escorrer o líquido do meu próprio orgasmo nas minhas pernas. Você ejaculou e se deitou sobre mim, quase do meu lado, mas ainda de uma forma que eu continuava a sentir teu calor.
Nossos corpos adormeceram devagar e quando acordei achei que tudo fosse um sonho muito bom.

Maos

Saí do banho e deitei nua na cama, estava lendo harry potter, começou a anoitecer.
Lembrei de ti, da conversa que tivemos. Parei de ler um pouco pra descançar (e pensar). Comecei a me tocar, sem intenção de me masturbar.
Toquei levemente meus seios, imaginei se fosse você. Passei a tocar com uma mao os seios enquanto a outra começou a descer pelo resto do corpo. Senti todo meu corpo, uma sensação que deve se parecer muito com levitação. Meu corpo estava em choque, quase tanto quanto esteve quando você o tocou pela primeira vez.
Lembrei da tua beleza, elegância... a forma como caminha, a voz, o olhar. Tive vontade de sentir tua mao no meu corpo, a minha passou a acariciar-me com mais vontade, com um pouco mais de força.
Pensei nos riscos de ficar novamente contigo, mas isso, ao contrário do que eu pensava, me deixou ainda mais disposta a fazê-lo, a correr esses riscos, a deixar o medo invadir uma parte de mim...mesmo que por um tempo muito breve.
Uma das minhas maos estava exatamente onde eu gostaria que estivesse a tua, e, por isso, passou a ficar molhada...eu estava louca pra colocar teu pênis em minha boca. Um dos dedos foi introduzido dentro de mim e entao nao tive como nao estremecer...a tua imagem nao saía da minha mente...como é bom te ver, te tocar, te sentir, ser tocada por ti. Se morássemos na mesma cidade certamente eu daria um jeito de te encontrar mesmo que muito rapidamente.
A excitação aumentava na mesma velocidade que eu lembrava de ti.
Há algo de tao mágico em ti que me anestesia.
O dedo que estava dentro de mim estava mais profundo e variando em movimentos rápidos e lentos de uma forma que fazia meu prazer cada vez maior, junto com a vontade de te ver.
Me virei de costas na cama imaginando que, se você estivesse ali comigo, me pegaria por trás colocando tuas maos em meus seios e introduzindo teu pênis delicadamente na minha vagina. Eu estava tonta, a excitação era tanta que fico molhada ao lembrar.
(Na verdade agora mesmo tive que parar de escrever um pouco para usar a mao para outros fins....hehehe)
Imaginei que você também estava nessa variação entre rápido e lento dentro de mim, me deixando ainda mais molhada (se é que isso ainda fosse possível), me falando coisas ao pé do ouvido, mordendo suavemente minhas costas, orelha e pescoço enquanto eu dizia o quanto você me faz bem...a mao estava um pouco mais rápida e, quem dera pudesse estar também, mais profunda porque era isso que eu esperava que você estivesse fazendo.
Você, às vezes, tem toques um pouco mais bruscos, quase violentos, no tom exato para que eu te sinta melhor dentro de mim, mas sem machucar. Isso, como tudo o mais que vem de ti, me faz ficar muito excitada, tanto quanto eu nao imaginava, assim como nao imaginava que ficaria tanto tempo pensando em alguém (falta de experiência? nao acredito, nao é tao pouca assim...acho mais provável que seja você que esteja me enfeitiçando mesmo, cada vez mais).

Menage

Estávamos sentados, os três conversando sobre coisas e sobre vontades. Os três lado a lado, sentados no chão em frente a TV, que estava ligada sem propósito algum, apesar ligada, fazendo barulho.
Ficamos em silêncio, pensando um instante, vendo as imagens passarem.

Coloquei vagarosamente minha mao direita por baixo da tua calça e a mao esquerda por baixo da calça dele. Ambos estavam excitados demasiadamente.

Primeiro sentei no teu colo, de frente pra ti e, olhando em teus olhos, abri tua calça pedindo que me ajudasse. Depois, enquanto você observava, sentei no colo dele da mesma forma, abri sua calça e ele me ajudou a tirá-la, beijando minha boca de vez em quando.

Voltei a sentar no meio dos dois e vocês passaram a olhar pra TV novamente como se nada tivesse acontecendo.

Eu, extremamente excitada, coloquei uma mao de cada um de vocês no meio das minhas pernas para sentirem como estava molhada. Passei a acariciar os dois ao mesmo tempo. Vocês olhando a TV, ainda com uma das maos em mim. Eu me controlava para nao gemer de prazer. Masturbei os dois até você me implorar para que te chupasse e ele pedir para introduzir em mim.
Me ajoelhei na tua frente e comecei a te chupar. Você pegou meus cabelos com as duas maos fazendo com que eu sentisse a velocidade e profundidade que você queria enquanto ele estava com as duas maos em meu quadril introduzindo euforicamente na minha vagina.

O mundo era só nós três, nao havia nada que pudesse nos impedir de chegar ao céu naquele momento. Havia algo magnificamente excitante no ambiente. Os três tiveram orgasmos simultâneos, eu te chupei até que você ejaculou pelo meu corpo ao mesmo tempo em que ele gozava dentro de mim. Eu nao resistia e gemia de prazer.

Entao você me puxou para mais perto depois que ele se afastou e introduziu delicadamente todinho em mim enquanto ele me abraçava por traz acariciando meus seios com as duas maos e esfregava seu corpo no meu.

Ele me puxou para si sentando-se ao lado e me colocando de costas para ele. Ele ainda com as maos nos meus seios, a boca em minhas orelhas.
Você colocou um dos dedos dentro de mim e ficou observando o quanto eu estava gostando.

Ele me segurava e você começou a me chupar enquanto eu sentia como ele estava grande atrás de mim. Fui ao delírio num instante! Aquilo tudo estava tao bom que eu estava anestesiada, com as pernas bambas e louca para que vocês me penetrassem duplamente.

Me virei de frente pra ele, peguei o pênis dele e introduzi em mim enquanto o deitava no chao. Pedi para que você penetrasse por tráz. Tive a sensação de estar flutuando perigosamente muito alto.

Naquele zigue-zague que nossos corpos faziam tive a impressao de estar vivendo um segundo da eternidade! Nunca houve nada mais extraordinário na vida! Tivemos outro orgasmo simultaneo e, agora, estávamos todos anestesiados. Nao havia mais espaço no mundo para os três.

Como em um passe de mágica tivemos um momento inexplicavelmente incrível juntos. Só nos restava descançar e ver o que estava passando na TV enquanto adormecíamos devagar.